* Dr. Welinton Andrade Silva
Os que acompanham nossos artigos, que escrevemos para jornais da região (há vinte anos) e de cinco anos para cá na internet, sabem que nos posicionamos sempre de forma crítica, porém justa, sobre questões polêmicas.
No nosso programa de TV mantivemos a mesma postura da mídia impressa e internet.
Só para citar alguns casos, foi assim quando o filho do corretor Rachid, há mais ou menos dez anos, morreu com um tiro no peito. Também foi assim que fizemos mais recentemente, quando um jovem humilde, que nós nem conhecíamos, morreu atropelado por um ônibus da Translitoral, nas proximidades do Colégio Yeda Maria.
Para nós não interessa se a vítima é rica ou pobre, falamos, criticamos, denunciamos e solicitamos providências das autoridades competentes independente da classe social.
Dessa forma, salvo melhor juízo do (a) leitor (a), estamos investidos de credibilidade para denunciar, criticar, escrever, falar... sobre a infeliz ocorrência do assalto que baleou o conhecido empresário Carlos Ramos.
Felizmente, o tiro que alvejou Carlos na boca não foi fatal, tendo a bala se alojado no maxilar.
O assalto seguido de tentativa de assassinato aconteceu em frente ao depósito São Pedro, onde o motorista é obrigado a seguir o trânsito por dentro (paralelo e perpendicular) para cruzar a Adhemar de Barros.
Só em nossos programas de TV, blog e facebook, denunciamos várias vezes a existência de freqüentes assaltos no local, onde também existe uma agência do Santander nas proximidades.
Que seja do nosso conhecimento, nem a Polícia Militar, nem a Guarda Municipal tomaram qualquer providência para oferecer maior segurança aos pedestres, moradores e motoristas que circulam na região.
Mais uma vez, o resultado está aí. Um cidadão é baleado e só não morreu por intervenção divina. Não reagiu e mesmo assim foi baleado.
Sabemos das limitações financeiras e de pessoal impostas pelo Estado e Município à PM e GCM. Entretanto, algo precisa ser feito. Afinal, até policiais estão inseguros. Rapidamente, enquanto escrevemos, nos recordamos de três recentes assassinatos a policiais militares.
E se algo precisa ser feito. É sem política. Mas também sem medo de mostrar para todo o Estado e País a insegurança vivida no Município.
Para isso, propomos à toda a sociedade, em especial aos comerciantes, manifestações públicas com faixas, cartazes e demonstração de luto (comerciantes colocarem um pedaço de pano preto nos seus comércios).
Do jeito que está não dá para continuar. Nossa cidade possui um Hospital sem equipamento e estrutura adequados. Guarujá é avaliado por pesquisas como a pior cidade da Baixada. Somos os primeiros em número de casos de dengue.
E não é só isso, nossas temporadas de verão são interrompidas por viroses; o Hospital Ana Parteira continua fechado e, mesmo assim, a administração municipal já declarou não possuir dinheiro para pagar seus credores em dia.
Sinceramente, senhores (as) ou tomamos alguma iniciativa radical, e não é contra a administração, é a favor da cidade e de nós mesmos, ou a situação ficará insuportável num curto espaço de tempo.
Precisamos ir para as ruas e cobrar, exigir nossos direitos a segurança, saúde... Outras medidas não surtirão o efeito esperado. Na atual situação de Guarujá, só radicalizando. É preciso dar um basta.
*O advogado Welinton Andrade Silva é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB, coordenador do PSDC na Macro Região da Baixada Santista, membro titular dos diretórios estadual e nacional do partido e ex-secretário da Cultura
welintonandrade@hotmail.com –