* Dr. Welinton Andrade Silva
O termo “beneficente” abre as portas para facilitar a atuação de entidades e empresas sérias. Mas abre também uma porteira para oportunistas.
Considero um absurdo uma empresa privada ou comércio realizar um evento comercial dizendo ser “beneficente” e em troca dar um quilo de alimento para alguma entidade. Isso é oportunismo, e precisa acabar.
A palavra “beneficente” abre espaço espontâneo positivo na mídia e viabiliza o fechamento de contratos com patrocinadores e, neste caso, os beneficiados não serão as instituições benemerentes, mas sim, o próprio realizador do evento.
Na nossa visão, para que o evento receba a chancela de “beneficente” deveria oferecer renda mínima de 50% para a entidade beneficiada.
Isso é o justo. Ou seja: 50% pagam as despesas com jantar, funcionários e coquetel; e os outros 50% vão limpos para os cofres da entidade beneficiária.
A exceção à regra ora colocada seriam os grandes eventos onde existe a contratação de bandas famosas, Buffet, aluguel de salão, etc. Aqui, o correto é o organizador pagar todas as despesas e, como o evento é beneficente, entregar todo o restante arrecadado para a instituição que emprestou o nome para o evento.
Outra excludente onde se justifica o pedido de alimento é aquela que realiza um grande evento (show de verão), que não é beneficente, mas oferece desconto para quem levar um quilo de alimento. Aqui é válido e muito correto.
Pelo exposto e, para não ficar só no discurso, é que a coluna social Welinton Andrade e o Restaurante Chopp Halle doarão 100% da renda do nosso jantar deste dia 22 de outubro, para o CRPI - Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral de Guarujá.
No nosso evento. Todos pagam pelo convite. Inclusive nós organizadores e nossos familiares.
Em vinte anos de colunismo social, nunca havia emprestado meu nome para colocar num convite de evento. Abri a exceção para o tradicional Restaurante Chopp Halle que nos ofereceu o jantar e nós repassamos 100% para o CRPI.
A sociedade reconhece quando a coisa é séria. Tanto é que todos os convites foram vendidos rapidamente, sendo necessária a confecção de convites extras, que igualmente se esgotaram dez dias antes do evento.
Todos os convites, sem exceção, foram pagos pelos convidados com cheques cruzados nominais ao CRPI.
O jantar beneficente para o CRPI é organizado pela coluna social Welinton Andrade e pelo Restaurante Chopp Halle, tendo o apoio (doação de brindes e serviços) do Casa Grande Hotel, O Boticário, Oficina Brasil, Proplastik, A Pêndula São Jorge Joalheria, Fátima Flores, Chocotrufas Doces Artesanais, e Prestige Cosmetics.
O presidente do Guarujá Golf Clube, Dr. Miguel Calmon, pagou mil reais pelos convites e o Clube vai doar dez bicicletas para o CRPI. A Oficina Brasil ofereceu um ano de manutenção para o veículo leve da entidade e a Chocotrufas um bolo de aniversário para as crianças.
Portanto, só nos resta agradecer a Deus e a todos que nos auxiliaram na realização do jantar.
*O advogado Welinton Andrade Silva é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB, coordenador do PSDC na Macro Região da Baixada Santista, membro titular dos diretórios estadual e nacional do partido e ex-secretário da Cultura
welintonandrade@hotmail.com –