sábado, 26 de julho de 2014



Educação: alunos sem material escolar e uniforme; com greve de professores e escândalo na merenda  
Desde o início do atual governo de Guarujá, ainda no primeiro mandato da prefeita Antonieta de Brito, do PMDB, apontávamos   a lentidão, incompetência e a falta de articulação política e diálogo da atual administração.
Mesmo com um primeiro mandato administrativamente medíocre, mas com um bom marketing, a prefeita se reelegeu.
Veio com aquela historinha da “Dona Maria, que pagou as contas e agora (na época) iria colocar a casa em ordem, a cidade nos trilhos”. “Serão os melhores quatro (ou cinco) anos da cidade”. Lembram?
Para confirmar  a competente campanha publicitária, a prefeita iniciou obras em pontos estratégicos da cidade. No dia seguinte à eleição, quase todas elas pararam. E  algumas delas permanecem inacabadas até hoje.
A população, como quase sempre, inocente, caiu na armadilha da “D. Maria” e estamos ai, com a prefeita Antonieta, ainda no meio do seu segundo mandato, com a cidade sem zeladoria e com dificuldade para cumprir contratos,  folha de pagamento e cheia de gafanhotos de outros estados.
Fico bastante à vontade para escrever e falar a respeito da administração da prefeita Antonieta. Até porque não sucumbimos ao canto da sereia, que nos enviou emissários oferecendo cargos. Muitos cargos. Isso ainda no início do seu primeiro mandato. Não aceitamos.
Sempre deixamos bastante clara a nossa posição. Não de oposição, mas sim de independência e crítica com relação ao atual governo.
A cidade é administrada por duas educadoras. Antonieta, na Prefeitura, e Priscilla Bonini, diretora afastada da Unaerp, secretária da Educação e dona de um orçamento milionário, o maior entre todas as secretarias.
Com duas educadoras à frente da cidade o que se esperava era que, no mínimo, a educação fosse bem administrada, o que efetivamente não ocorre.
A greve quase total dos professores da PMG  é resultado da incompetência na gestão pública. Prova disso é que a educação de Guarujá, em pleno segundo semestre,  ainda não entregou material escolar, uniformes, é acusada de denúncias na merenda escolar e, agora, a greve quase que total dos professores deixa milhares de alunos sem aula e famílias preocupadas.
A copa do mundo acabou; a greve dos professores começou. A prefeitura oferece aumento de 0,5% e os professores querem 8% e até o momento em que escrevemos o presente artigo, não há negociação, conversa, diálogo ou acordo concreto entre as partes conflitantes.
Há seis anos falamos, escrevemos, e pelo exposto não estamos errados nem enganados na nossa análise: falta diálogo, transparência  e competência à atual administração da cidade, que se destaca também pela arrogância.
O resultado é que milhares de crianças estão prejudicadas, sem estudar, justamente numa administração gerida por duas professoras. Lamentável.
E, para não dizerem que estou sendo injusto, quero registrar que a educação especial da PMG não é ruim. Tenta cumprir a lei. Faltam professores e um pouco mais de estrutura, mas atende a contento aos alunos e familiares.
*O advogado Welinton Andrade  Silva é jornalista e apresentador de TV, formado em direito, administração de empresas, produção de rádio e TV e agrimensura. É presidente da Comissão de Direito  do Consumidor da OAB e ex-secretário da Cultura - welintonandrade@hotmail.com