Educação: alunos sem material escolar
e uniforme; com greve de professores e escândalo na merenda
Desde o
início do atual governo de Guarujá, ainda no primeiro mandato da prefeita Antonieta
de Brito, do PMDB, apontávamos a lentidão, incompetência e a falta de
articulação política e diálogo da atual administração.
Mesmo com um
primeiro mandato administrativamente medíocre, mas com um bom marketing, a
prefeita se reelegeu.
Veio com
aquela historinha da “Dona Maria, que pagou as contas e agora (na época) iria
colocar a casa em ordem, a cidade nos trilhos”. “Serão os melhores quatro (ou
cinco) anos da cidade”. Lembram?
Para
confirmar a competente campanha
publicitária, a prefeita iniciou obras em pontos estratégicos da cidade. No dia
seguinte à eleição, quase todas elas pararam. E algumas delas permanecem inacabadas até hoje.
A população,
como quase sempre, inocente, caiu na armadilha da “D. Maria” e estamos ai, com
a prefeita Antonieta, ainda no meio do seu segundo mandato, com a cidade sem
zeladoria e com dificuldade para cumprir contratos, folha de pagamento e cheia de gafanhotos de
outros estados.
Fico
bastante à vontade para escrever e falar a respeito da administração da prefeita
Antonieta. Até porque não sucumbimos ao canto da sereia, que nos enviou
emissários oferecendo cargos. Muitos cargos. Isso ainda no início do seu
primeiro mandato. Não aceitamos.
Sempre
deixamos bastante clara a nossa posição. Não de oposição, mas sim de
independência e crítica com relação ao atual governo.
A cidade é
administrada por duas educadoras. Antonieta, na Prefeitura, e Priscilla Bonini,
diretora afastada da Unaerp, secretária da Educação e dona de um orçamento
milionário, o maior entre todas as secretarias.
Com duas
educadoras à frente da cidade o que se esperava era que, no mínimo, a educação
fosse bem administrada, o que efetivamente não ocorre.
A greve
quase total dos professores da PMG é
resultado da incompetência na gestão pública. Prova disso é que a educação de
Guarujá, em pleno segundo semestre,
ainda não entregou material escolar, uniformes, é acusada de denúncias
na merenda escolar e, agora, a greve quase que total dos professores deixa
milhares de alunos sem aula e famílias preocupadas.
A copa do
mundo acabou; a greve dos professores começou. A prefeitura oferece aumento de
0,5% e os professores querem 8% e até o momento em que escrevemos o presente
artigo, não há negociação, conversa, diálogo ou acordo concreto entre as partes
conflitantes.
Há seis anos
falamos, escrevemos, e pelo exposto não estamos errados nem enganados na nossa
análise: falta diálogo, transparência e
competência à atual administração da cidade, que se destaca também pela
arrogância.
O resultado
é que milhares de crianças estão prejudicadas, sem estudar, justamente numa
administração gerida por duas professoras. Lamentável.
E, para não dizerem
que estou sendo injusto, quero registrar que a educação especial da PMG não é
ruim. Tenta cumprir a lei. Faltam professores e um pouco mais de estrutura, mas
atende a contento aos alunos e familiares.
*O
advogado Welinton Andrade Silva é
jornalista e apresentador de TV, formado em direito, administração de empresas,
produção de rádio e TV e agrimensura. É presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB e ex-secretário da
Cultura - welintonandrade@hotmail.com