*Dr. Welinton Andrade Silva
Nesta semana, a Câmara Municipal de Guarujá entrou em regime de votação para acatar ou não o pedido de abertura de processo de cassação contra a prefeita Maria Antonieta de Brito, do PMDB.
O pedido foi protocolizado na Casa pela moradora de Guarujá Cláudia Regina Cavalcanti da Silva. A munícipe justifica o seu pedido de cassação contra a prefeita, baseando-se na contratação “irregular” do escritório de advocacia Fernando Quércia Advogados Associados.
Nas argumentações do pedido, a requerente cita que o ex-prefeito Farid Madi foi condenado por contratação semelhante de escritório de advocacia.
Na última sessão, quando as lideranças de partidos se posicionavam em encaminhamento para votação, estourou mais uma confusão entre os vereadores Nenke e Romazzini, provocando a suspensão dos trabalhos.
Após a confusão os trabalhos retornaram, entretanto, expirou o tempo e a sessão teve que ser encerrada, ficando a votação da matéria para o dia 16 de março, uma terça feira, às 15 horas.
Na vida política, Antonieta sempre foi oposição, jogava pedras, criticava. Agora, que virou telhado e vidraça, a prefeita tem enorme dificuldade para administrar a cidade e cuidar da parte política.
Seu governo está totalmente fragilizado. Com 70% de reprovação, a prefeita não tomou nenhuma atitude administrativa ou política para mudar o quadro.
Virose, desentendimento com vereadores, líderes políticos e comunitários, fechamento do Hospital Ana Parteira e Postos de Saúde da Família nos bairros pobres, censura contra jornais, contratação de pessoas de São Paulo e do Interior sem competência técnica (Gafanhotos) que retiram o emprego dos moradores locais, buracos nas ruas, aumento das passagens dos ônibus... Essas, infelizmente, são as principais realizações do governo Antonieta.
A população já não agüenta mais tanta incompetência, arrogância e prepotência e começou a entrar com pedidos de cassação e realização de manifestações públicas contra a prefeita.
Para salvar o atual governo, o PSDC defende um “Pacto Social” amplo, onde a prefeita seja humilde e se aproxime das pessoas da cidade, mande embora forasteiros incompetentes (Gafanhotos), converse com vereadores, partidos políticos, lideranças de bairros, comércio, profissionais liberais... Com o referido “Pacto” ela poderá realizar as reformas administrativa e política que seu governo, visivelmente, necessita.
Entretanto, para existir, o Pacto Social deve partir da prefeita, com humildade, reconhecendo que não consegue administrar a cidade a contento, produzindo dor, mortes e sofrimento para a população que nela votou.
O PSDC, desde o início, é contra o atual governo. Não aceitamos dez cargos oferecidos pela prefeita em troca de apoio. Mesmo assim, oferecemos orientações para a prefeita que, se fossem seguidas, a cidade não estaria no caos atual. Nosso partido defendeu e defende a discussão dos problemas que visem soluções para a cidade.
Tudo sem troca de cargos por apoio. Queremos discutir e solucionar, em primeiro plano, os problemas da cidade. Isso, sim, interessa ao PSDC e à sociedade de Guarujá.
*O advogado Welinton Andrade Silva é coordenador do PSDC na Macro Região da Baixada Santista, membro titular dos diretórios estadual e nacional do partido e ex-secretário da Cultura
welintonandrade@hotmail.com