A DENGUE E AS DIVERGÊNCIAS DAS PREFEITAS DE GUARUJÁ E CUBATÃO SOBRE CRÍTICAS PUBLICADAS NA IMPRENSA

Dr. Welinton Andrade Silva

Na última reunião do Condesb – Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista - que deu posse ao prefeito de Bertioga Mauro Orlandini, do DEM, alguns temas chamaram a atenção.
O primeiro deles, a falta de prestígio do prefeito de Bertioga, que não conseguiu a presença de nenhum deputado.
O segundo, as gritantes divergências entre as prefeitas de Guarujá, Antonieta de Brito, do PMDB, e de Cubatão, Márcia Rosa, sobre a montanha de material negativo publicado pela imprensa do próprio litoral e nacional, relativos à Região.
A prefeita de Guarujá imagina uma espécie de “conspiração da imprensa” contra as cidades litorâneas, devido às publicações negativas. Já a prefeita de Cubatão possui uma visão mais democrática, acha que as matérias críticas podem ajudar a solucionar os problemas.
Antonieta foi professora de Márcia Rosa. No Guarujá, a prefeita Antonieta assinou Decreto proibindo a circulação de jornais no passo municipal e em todos os órgãos públicos subordinados à prefeitura na cidade.
Até onde sabemos Márcia Rosa não assinou nenhum decreto contra a imprensa. Ao contrário, alertada por pesquisa divulgada em jornal regional, que apontava queda na aprovação do seu governo, a prefeita de Cubatão, imediatamente, iniciou mudança em sua administração.
Exonerou a secretária de Cultura e Turismo, Marilda Canelas, cujo setor foi um dos piores avaliados na pesquisa. Enquanto isso, a prefeita de Guarujá, não promoveu nenhuma mudança no seu governo que parece piorar a cada dia.
Ressalte-se que, na pesquisa, Márcia Rosa foi bem melhor avaliada que a prefeita de Guarujá. Neste caso a pupila, por enquanto, superou a mestra. O tema vale uma avaliação profunda da prefeita de Guarujá, que parece continuar perdida na prefeitura.
O terceiro tema, talvez o mais importante, foi o alerta do prefeito João Paulo Papa, do PMDB, que afirmou que o sistema de saúde do litoral estava próximo ao colapso, devido ao problema da Dengue.
Vindo de um prefeito que comanda a maior cidade da região, a declaração repercutiu e motivou a ação de várias forças políticas para tentar solucionar ou minimizar a crise na área da saúde.
Na questão da Dengue, é um problema de terceiro mundo. Afinal, para acabar com a Doença basta cada cidadão cuidar da sua casa e do próprio quintal, cabendo aos órgãos públicos apoio e fiscalização nas áreas públicas, terrenos e construções abandonadas.
Voltando à “perseguição” que a prefeita de Guarujá imagina sofrer da imprensa. O que precisa é ela administrar melhor a cidade para que a imprensa não tenha manchetes como a que acabo de ver na internet: “Saúde em Guarujá vira caso de polícia”.
Prefeita, o delegado titular, Claudio Rossi, instaurou inquérito para apurar a morte de 83 pessoas em unidades de saúde públicas e particulares só no mês de fevereiro.
Uma ação oficial como essa prefeita, é notícia em qualquer lugar do mundo. Cabe à senhora, entretanto, administrar bem a cidade para que a população que votou na senhora pare de morrer, em parte, por incompetência do poder público. Entendeu?
*O advogado Welinton Andrade Silva é coordenador do PSDC na Macro Região da Baixada Santista, membro titular dos diretórios estadual e nacional do partido e ex-secretário da Cultura
welintonandrade@hotmail.com –