quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Analistas afirmam que candidatos a deputado cometeram “erro de avaliação”

Dr. Welinton Andrade Silva

As eleições para deputado encerram há algum tempo. Entretanto, são divergentes as opiniões de políticos e analistas na cidade de Guarujá.
Os que foram candidato, é claro, defendem que “saíram na frente” pois lançaram seus nomes para o eleitorado.
No caso deles, o problema é que nenhum se destacou nas respectivas votações. Os mais votados ficaram no pequeno patamar de votação, entre 15 e 20 mil votos. O que é muito pouco para os mais 200 mil eleitores de Guarujá.
Os que não foram candidatos se apegam justamente na votação fraca e mediana dos candidatos derrotados para afirmar que “o quadro político está totalmente em aberto, indefinido”.
Quanto aos candidatos que tiveram acima de 15 mil votos, apesar de pouco, não deram vexame eleitoral. Porém, precisavam de pelo menos o dobro de votos para se credenciarem de fato à sucessão municipal.
Quanto aos candidato que tiveram cerca de seis mil votos na cidade, casos do candidato oficial da prefeita, vereador Cândido, do PMDB, e Carlinhos Saraiva, do PTB (que fez uma campanha organizada e estruturada, mas faltou o principal: voto), analistas afirmam que eles saíram menores do que entraram na campanha para deputado. É quase unânime a opinião que ambos foram pessimamente votados.
O reflexo de tudo isso é que com um governo municipal fraco e com grande rejeição e a má votação dos candidatos, a cidade já vive o clima do lançamento de candidaturas e formação de vários grupos políticos.
Serão vários os partidos a lançarem candidaturas próprias, entre eles o PMDB, PT, PSDC, DEM, PSDB, PR, PCB, PCdoB, PPS, PDT, entre vários outros.
No momento, há um tipo de “acordão” entre os partidos que não apóiam a prefeita Antonieta: lançar várias candidaturas e, num eventual segundo turno, se unirem todos contra o atual governo.
É por isso que não assistimos a pré-candidatos ou presidentes de partido criticando outro concorrente. Ao contrário, todos criticam a incompetência administrativa do atual governo municipal. Sabem que “lá na frente” poderão estar juntos.
Nas próximas eleições é certo que o eleitorado provocará um segundo turno. Na última, Antonieta ganhou no primeiro turno e o eleitorado não teve oportunidade de assistir a um debate direto entre ela e outro concorrente.
O resultado está ai: uma administração desacreditada junto à população dos bairros da periferia, morros e centro.
Desta forma, os pré-candidatos a prefeito e partidos políticos estão atuando conforme a vontade da população que, pelo que se fala nos bairros, quer “se livrar da atual administração”.
Prova disso é que a prefeita evita visitar bairros por a população humilde cobrar abertamente promessas de campanha e criticar, até com palavrões, a sua presença e a falta de experiência administrativa, que está levando a cidade ao caos.
Apesar de as eleições só ocorrerem em 2012, será em outubro do ano que vem (2011) que se desenhará o perfil do futuro prefeito da cidade. É que a lei determina o início de outubro como data final para filiações dos que desejam ser candidatos.
Isso significa que, após o Carnaval de 2011, dentro de apenas quatro meses, começam as articulações partidárias pesadas para formação do quadro de candidatos.
E ai, dependendo das composições partidárias, a partir de outubro de 2011, o cafezinho no gabinete da atual administração poderá começar a ser servido frio.
Leitores façam suas apostas.

*O advogado Welinton Andrade Silva é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB, coordenador do PSDC na Macro Região da Baixada Santista, membro titular dos diretórios estadual e nacional do partido e ex-secretário da Cultura
welintonandrade@hotmail.com –